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Vampiro Strigoi.
Personagem do romance Busca por Sangue.

Adaptação para Vampiros: Réquiem Mitológico.

Criador: Nathnael Van Hooves (especulação)
Transformação: 1642 (especulação)
Nascimento: início do século XVII, Brasil (boatos)
Peculiaridades: Político, manipulador, carismático, calculista, protetor
Virtude: Fortaleza Vício: Orgulho

Atributos:

Força 3                  Destreza 4              Vigor 3

Presença 4            Manipulação 6     Autocontrole 5

Inteligência 5       Raciocínio 5          Perseverança 5

Habilidades:

Mentais:Erudição 3, Religião 1, Investigação 2, Ocultismo (vampiros, ordens secretas) 4, Política 5

Físicas: Armamento (espadas) 5, Armas de Fogo (pistolas) 3, Briga 3, Condução 3, Dissimulação 1, Esportes 1, Furto 2, Sobrevivência (caçar) 3

Sociais: Astúcia 4, Empatia 3, Intimidação 4, Manha 3, Persuasão 5, Trato com Animais 2

Vantagens:

Aliados 5, Contatos 4,  Línguas (Espanhol 3, Inglês 2, Francês 2, Latim 1), Rebanho 3, Recursos 5, Status 4

 Disciplinas:

Auspícios 2, Celeridade 4, Dominação 6, Forma Humana 1, Ímpeto 4, Majestade 5, Metamorfose 1, Resiliência 4, Voar 2

Força de Vontade: 10       Humanidade: 6

Potência de Sangue: 7   Vitae/turno: 20/5

Vitalidade: 8                      Deslocamento: 13

Defesa: 4                                  Iniciativa: 9

Interpretação: Marcus tem uma personalidade carismática que atrai como um líder íntegro. As pessoas o olham como alguém a ser seguido pelo exmeplo, não pela imposição. Essa aparência de integridade lhe garante abertura para seus jogos de manipulação e serve como escudo para a política excusa dos vampiros.

Ele vive em conflito com a própria alma, sentindo o sangue que corre em seu corpo morto e revivendo as memórias de seu tempo mortal, quando as contradições da vida lhe pareciam menores e passageiras.

É firme ao agir com qualquer pessoa e demonstra os erros alheios pelo exemplo e os torna verdadeiros exemplos do que significa ter sua inimizade. Age com cautela ao criar novos aliados e sabe muito bem a diferença entre aliança, amizade e oportunidade. Nesse caminho tortuso entre tantas linhas tênues, procura significado nos próprios valores, atendo-se aos poucos sentimentos nobres que a vida eterna lhe permitiu reter.

A linhagem dos Nahemoth tem uma história distante, quando os tempos ainda eram obscuros e as religiões causavam mais espanto na humanidade. Havia um medo maior do que vivia nos boques e dos demônios que caçavam durante a noite. Conta-se que havia um jovem em uma vila que enxergava todos esses terrores. Algo dentro dele o avisa da vinda das piores manifestações das sombras. Ele era avisado do Abismo que se aproximava do mundo, o nada que tomaria conta de tudo. Suas visões e gritos desesperados atraíram a atenção de outros seres sobrenaturais, entre eles, os vampiros.

O restante da história dos Nahemoth se perde durante a Idade Média. Conta-se que o Profeta, o primeiro da linhagem, foi destruído durante o saque de Constantinopla, depois de passar anos avisando sobre a destruição que abateria a cidade. Verdade ou não, é certo que a linhagem quase desapareceu nesse período, com a Inquisição e ordens mágicas como a Ordem de Salomão, Magos Corrosivos e os Magos Aquos os caçando arduamente. Se uns queriam acabar com a ameaça das profecias, os outros pretendiam entender como os Nahemoth despertavam as energias do vazio abissal dentro de si.

A estrutura da linhagem lembra mais um culto do que apenas um mero grupo de vampiros. Há um objetivo sinistro por trás dos Nahemoth. Enquanto caminham pela Terra, apresentam-se como vampiros normais, misturando-se à política ou simplesmente procurando saber mais sobre o mundo sobrenatural. A verdade é que vivem em contato uns com os outros divulgando pistas sobre portais para um mundo tenebroso onde nada pode existir. Travam lutas para libertar criaturas que significam pouco mais do que o nada, uma antítese da existência e da matéria do mundo material ou espiritual.

Os Nahemoth despertam nas pessoas e vampiros em volta a sensação de desespero, de que lutar ou continuar suas vidas não tem sentido. Nada pode ter um futuro concreto a não ser a entrega ao vazio. Nele haverá paz e descanso. Somente no nada, o caos deixa de existir, o pecado não impera, somente a contemplação do que não existe. A realidade, para os Nahemoth, é um erro onde as almas estão encarceradas. Apenas na obliteração eles conseguirão entender a verdade.

Os sonhos dos Niilistas são vazios e cheios de desespero. Cada vez que deitam-se para fugir da luz do Sol, recebem visões do Nada, onde criaturas obscuras sussurram sobre o fim da existência e a paz que poderão encontrar. Todas essas profecias são descritas nos Sabás, quando os Nahemoth se reúnem para traçarem novos planos e entenderem os frutos de suas pesquisas sobre as forças abissais.

Os Nahemoth possuem um conhecimento natural sobre a destruição na Roda dos Mundos. Seu sangue vampírico e espírito estão ligados ao movimento astral, diretamente conectado com as energias que já passaram. Eles entendem a destruição que ocorreu em Ark-a-nun e sentem a cada dia que, como seres imortais, vão presenciar cada passo da Terra para a mesma devastação.

A linhagem não mantem uma boa relação com ordens como o Arkanun Arcanorum, sabendo que os magos são responsáveis pela destruição do mundo e que muitos deles possuem contato com anjos e outras criaturas que sugam as energias terrenas e colaboram no movimento da Roda dos Mundos. Sua posição é de observação, aliando-se muitas vezes a arkanitas e grupos dissidentes. Embora alguns profetas trabalhem ativamente para apressar o fim de tudo, em geral, esses vampiros apenas se alimentam das desgraças geradas pelo giro da Roda dos Mundos. É interessante, no entanto, como suas visões os fazem nutrir um ódio especial contra muitos magos e ordens que, em sua hipocrisia, tentam proteger a Terra usando as forças que a destruirão.

Raça de origem: Ekimmu

Alcunha: Niilistas

Aparência: Os Nahemoth aprenderam na Idade Média que não devem se diferenciar demais das pessoas ainda presas à realidade. Tentam viver como o Rebanho, mas ainda, tocados por sua crença, vivem apenas com roupas de cores escuras. Seu estilo ascético os leva a raspar o cabelo logo antes do abraço. Cada Nahemoth tem uma runa tatuada no corpo, com a qual se identifica com o restante a linhagem. É comum também tatuarem suas visões.

Antecedentes: A linhagem tem uma predileção por transformar pessoas desamparadas. Muitos eram deprimidos que perderam tudo para a tristeza da vida, outros sacerdotes que perderam a fé ao não obter respostas. A criação de personagem tem ênfase nos atributos mentais e conhecimentos.

Disciplinas: Auspício, Celeridade, Majestade, Nihil

Fraqueza: Os Nahemoth possuem as fraquezas de sua raça genitora, mas além disso, tem traços próprios. A presença dos Nahemoth é incômoda. Há uma marca neles que dificulta as relações sociais, sugando as energias mais vibrantes e esperançosas das pessoas. Essa sensação se manifesta, em termos de jogo, com o fato de a regra da explosão do 10 não valer para os testes de Presença e Manipulação. Todos os 1s obtidos subtraem um sucesso nesses testes.

Organização: Os Nahemoth dividem-se entre pesquisadores e opositores. O primeiro grupo vive para procurar portais, livros e quaisquer informações que lhes permitam lidar com as forças do Vazio. Os outros são aqueles que se infiltram entre os vampiros e outras sociedades secretas como uma praga que tenta desvirtuar seus objetivos, trazendo apenas a destruição das atuais seitas. Os líderes Nahemoth são chamados Mestres, vampiros que cuidam de pequenos grupos de cerca de dez vampiros, a maioria suas progênies ou relacionadas a seu sangue. Todos devem prestar contas aos Profetas durante o Sabá realizado uma vez por ano. Aqueles que não podem comparecer pessoalmente, usam de suas disciplinas para viajarem espiritualmente ao local.

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Vampiros: Réquiem Mitológico é o primeiro livro de Antônio A. Fonseca Jr. que adapta o Mundo de Trevas e Araknun (Marcelo Del Debbio, Editora Daemon) para as regras do Mundo das Trevas (Editora Devir). O texto apresenta uma síntese do Mundo de Trevas e Arkanun com a visão dos vampiros, um breve resumo para introduzir o jogador ao cenário. As raças vampíriacas, baseadas na mitologia de diversos povos, são descritas: Os Strigoi, o típico vampiro das lendas ocidentais; Asimani, bruxos africanos; Vrikolakas, os bestiais sugadores de sangue gregos; Lamiai, os vampiros gregos com o dom da magia; Kinag-shi, os amaldiçoados predadores chineses; Ekimmu, com sua espiritualidade; Rakshasa, os cruéis monstros das noites indianas. Novas disicplinas e regras para se lidar com os vampiros mitológicos são apresentadas, assim como um texto introdutório para o uso do sistema d10.

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