A terceira temporada de The Walking Dead foi uma das mais tensas da série. A primeira foi um prelúdio para conhecer os personagens ainda atordoados com a praga zumbi e pouco modificados em relação à sua vida original. Na segunda, o mundo começa a mudá-los. A pressão para sobreviver mostra a necessidade de o grupo se unir e mudar diversos de seus conceitos levando cada um e, principalmente, Rick a extremos que nunca teriam ousados.
Logo no primeiro episódio da terceira temporada já se percebe quais os pensamentos de Rick. O simples ato de jogar no lixo a comida de cachorro encontrada pelo filho demonstra que ele se recusa a continuar descendo tanto a despeito do cansaço, fome e desespero daqueles que guia. O objetivo é continuar se mexendo e escapando da praga zumbi até que, finalmente, encontram uma prisão que parece ser um refúgio.
As ações de Rick se tornam cada vez mais extremadas. Os outros observam atordoados e incapazes de tomar qualquer atitude, principalmente após os últimos diálogos da segunda temporada. Assim os primeiros quatro episódios da terceira temporada são intensos em níveis comparados apenas a meados da segunda temporada. Após isso, começam os contatos mais frequentes com a comunidade de Woodbury liderada pelo Governador. Os níveis de tensão descem bastante por alguns episódios, flutuante até o excelente final de temporada.
Devido ao fato de ter dezesseis episódios, esse ano da série foi atípico. Houve mais momentos em que o roteiro não era uma soma completa ao enredo, mas simplesmente partes extras para descrever situações como um ou outro personagem perdido ou vivenciar melhor o drama dos sobreviventes. Os episódios não são ruins, são simplesmente uma parada na montanha russa de emoções que a série gera. Essa foi, com certeza, a melhor temporada até o momento com um fim merecedor de tudo o que tem sido feito ao longo do seriado.