Ordem do Hospital de São João de Jerusalém
A Ordem dos Cavaleiros do Hospital de São João de Jerusalém foi fundada com o intuito de dar abrigo aos peregrinos e viajantes que visitavam o Santo Sepulcro em Jerusalém. Começou apenas como uma entidade destinada a cuidar de enfermos e cansados que necessitavam de ajuda após as longas viagens. Tinha sempre médicos e cirurgiões pagos que eram auxiliados pelos irmãos de fé. Demorou alguns anos até que se iniciasse o costume de contratar cavaleiros para proteção que seriam, mais tarde, parte da ordem como monge guerreiros, formando assim os cavaleiros hospitalários.
O Hospital sempre foi uma ordem mista, ao contrário dos templários que tendiam puramente para a área militar. Sua regra não tinha nenhum artigo que tratasse de armamentos, mas apenas de cuidados com os doentes e de orações. Os trajes eram o manto negro com a cruz branca estampada no peito.
Os hospitalários dividiram fama e adversidades com os templários durante o tempo das cruzadas. A Batalha de Hattin, em 1187, foi um marco para a ordem. Haviam perdido um grã-mestre nesse mesmo ano e, com aquela derrota, a maioria de suas possessões também seria perdida. Seriam obrigados a se refugiarem em Chipre quando, em 1291, o reino de Acre caiu e lá também suas últimas possessões na Terra Santa. Esse evento gerou uma grande transformação na ordem, pois sua luta passou da terra para o mar, quando os investimentos começaram a ser feitos na frota que mais tarde seria usada para lutar contra os muçulmanos e tomar a ilha de Rhodes.
Iniciação
Os Hospitalários recebem candidatos a se tornarem cavaleiros com freqüência. Analisam cada um desses e os alertam dos rigores das regras e da necessidade da fé em Demiurgo para se manter no caminho correto. Apenas os mais fiéis sobem nos níveis e se tornam verdadeiros cavaleiros, assumindo as qualidades desse kit e conhecendo os segredos da ordem.
As regras dos Hospitalários foram baseadas na regra de São Benedito do século VI. Teria algumas modificações mais tarde quando houvesse a mudança para Rhodes e, em seguida, para Malta. Então os cavaleiros tomariam novas atitudes em relação a seus combates, com a intenção de cuidar dos hospitais tomando uma segunda posição. Entre alguns pontos importantes da missão desses cavaleiros estão os seguintes:
– Ser fiel a Deus, à Igreja Católica e ao comandante da ordem;
– Nunca se render ao inimigo;
– Lutar contra os infiéis;
– Não mentir e sempre ser fiel a sua palavra;
– Ser generoso e caridoso;
– Cuidar dos fracos e defendê-los;
– Amparar os enfermos e os viajantes fiéis a Cristo.
Interpretação
O ideal de cavalaria não é fácil de seguir. Existe sacrifício e coragem. Um cavaleiro reconhece seus medos e os supera, elevando-se a mais do que o homem comum aspira. O Hospitalário usa seus dons para curar, para proteger e para lutar. Ele é mais um homem de defesa do que de ataques impulsivos. Deve ter em mente que existe para proteger vidas antes de tirá-las e só as tira em última ocasião, quando aqueles a quem protege está em risco.
Relações
Os Hospitalários ainda estarão bastante ativos na ambientação de Arkanun. Receberam alguns ex-templários e olham com desconfiança para esses guerreiros, porém estão dispostos a apoiá-los. São uma força grande que apóia a Igreja e ainda participará de muitas batalhas. Estão entre os maiores caçadores de criaturas sobrenaturais aliados á Igreja, só se afastando dela enquanto o papado esteve na França, dominado por Filipe IV e com influência de anjos caídos.
Em Trevas, os hospitalários ainda formam um poderoso exército de defesa da Igreja e dos ideais cristãos, misturando-se a várias corporações no mundo para ampliar redes para fazer caridades e evangelização, ao mesmo tempo em que seus guerreiros se embrenham nas áreas mais pobres e afetadas para combater e curar os necessitados. Ele é um paladino da fé, aquele que combate, mas depois, ao invés de se retirar, fica para curar as feridas causadas pelo mal. Sua base ainda é em Malta, disfarçada entre os belos locais turísticos. São donos de grandes frotas de navios. Na Cidade de Prata, além de São João e da Virgem Maria, atualmente recebem apoio de Rafael, Príncipe da Vida.
Kit
Custos: 5 pts. Aprimoramento, 250 pts. De Perícias
Perícias: Armas Brancas (Espada Longa ou Sabre 20/30, Lança 20/25, Adaga 20/40), Astrologia 30%, Ciências Proibidas (Anjos 10%, Arkanun 10%), Esportes (Natação 30%), Esquiva 15%, Herbalismo 20%, Heráldica 20%, Medicina 20%, Montaria 30%, Rastreio 20%, Sobrevivência (deserto 20%, mar 30%). Em Trevas, troque Montaria por duas Armas de Fogo em 10% e 20%.
Aprimoramento: Senso de Direção, Contatos 1, Recursos 1.
Pontos de Fé: 0 + 1 a cada nível.
Pontos Heróicos: 3 por nível.
Aprimoramentos por Nível:
Cura: O hospitalário pode invocar poderes de cura sobre uma pessoa, tocando-a e fazendo desaparecer seus ferimentos através da graça divina. Ele pode usar o número de dados indicado na tabela para curar, distribuindo-os como quiser durante o dia. Assim, se tiver 3d6 dados para cura, pode usar três curas de 1d6 durante todo aquele dia ou 3d6 de uma vez.
Combate Montado: O hospitalário recebe o bônus indicado nos testes de ataque enquanto estiver montado. Em Trevas, o hospitalário pode gastar o bônus indicado em uma Perícia do grupo Armas de Fogo. Hospitalários acostumados a lutarem e navios podem trocar o bônus por Combate em Embarcações, que permite aumentar os ataques e defesas quando estiver lutando em embarcações.
Diagnóstico: O hospitalário recebe +10 de bônus na Perícia Medicina. Ele também sabe diagnosticar qualquer tipo de doença, assim como para perceber o estado físico de um indivíduo. Após observar uma pessoa durante uma rodada e ser bem sucedido em um teste de Medicina, ele pode avaliar a quantidade de Pontos de Vida (acima de 50%, entre 50% e 25%, abaixo de 25%) e a condição física do paciente (confuso, fatigado, enjoado, envenenado, exausto, etc).
Diplomata: O hospitalário recebe o bônus indicado em Negociação e Liderança.
Imunidade a Doenças Naturais: O hospitalário torna-se imune a doenças naturais.
Imunidade a Doenças Mágicas: O hospitalário torna-se imune a doenças mágicas.
Médico de Homens e de Almas: O hospitalário recebe o bônus indicado em Medicina e em Religião.
Protetor Dedicado: O hospitalário recebe um bônus em suas jogadas de ataque, defesa e dano quando está batalhando para defender protegidos, peregrinos e doentes. Esse Bônus só funciona quando existe um protegido que não está em condições de lutar.
Resistência Sagrada: Deus abençoa o hospitalário com saúde, dando-lhe +3 Pontos de Vida ou +2 em Constituição para resistir ao esforço físico ou envenenamento.
Nível Aprimoramentos por Nível
1 Diagnóstico, Cura 2d6
2 Protetor Dedicado (+10%;+1), Combate Montado +5%
3 Médico de Homens e de Almas +5%, Imunidade a Doenças Naturais
4 Cura 3d6
5 Resistência Sagrada (+3 PV), Combate Montado +10%
6 Diplomata +5%, Protetor Dedicado (+15%;+2)
7 Imunidade a Doenças Mágicas, Cura 4d6
8 Diplomata +10%, Combate Montado +15%
9 Médico de Homens e de Almas +10%, Resistência Sagrada (+2 CON)
10 Protetor Dedicado (+20%, +3), Cura 5d6