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Círculo de Fogo

Publicado: 15/08/2013 em Filmes, Resenhas
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circulo de fogoEu sou da geração que assistiu Jaspion quando foi lançado pela TV Manchete no Brasil, portanto, monstros e robôs gigantes fazem parte do imaginário da minha infância. Era inevitável pensar nos heróis pilotando homens metálicos gigantescos para proteger cidades enquanto as destruíam totalmente. Círculo de Fogo acaba sendo, portanto, uma tentação para qualquer fã.

A proposta aqui é mesma da ameaça da Terra. Monstros enormes chamados Kaiju surgem de uma fenda no pacífico para ameaçar a Humanidade. Os governos tentam detê-los, porém não conseguem uma reposta adequada a não ser pelos robôs gigantes, o Jaegers. Cada um desses instrumentos de guerra deve ser pilotado por duas pessoas conectadas mentalmente para o bom e velho combate. Assim as batalhas prosseguem, todas muito melhores do que qualquer episódio de Jaspion e ainda com o propósito real de evitar lutar nas cidades e evitar os grandes prejuízos.

O filme é muito divertido. Tem um final previsível dos filmes mais heroicos dos norte-americanos, porém não deixa de ser uma grande pedida para qualquer fã de animes ou de ficção científica. Poucos Jaegers são mostrados, infelizmente, mas as lutas deles são todas interessantes. É uma pena que não se dê mais destaque aos robôs, pois, para dizer a verdade, os personagens humanos não são lá tão interessantes.

O tema de Next me interessou logo de cara. Experiências genéticas, animais transgênicos, patentes de genes! Temas que não são só da moda, mas que combinam completamente com o título do livro. É o futuro mais próximo, uma preocupação e também um sonho da ciência. Com esse interessei, consegui logo o livro e coloquei na frente de uma fila para ler. Antes tivesse deixado de lado.

Next conta a história de um grupo bastante diverso de personagens. Começa com um processo judicial de uma firma que quer usar as células especiais de um homem para o tratamento contra o câncer. Depois fala de um orangotango que fala e xinga em holandês. Depois surge um papagaio que faz contas e ainda um garoto metade chimpanzé, metade humano. No meio disso tudo, muito advogados e pesquisadores inescrupulosos.

Há experiências com terapia gênica, com hipóteses sobre gene da maturidade e muitos outros. A falta de ética na pesquisa é expressada a cada página. E é tão expressada que enche a paciência. Todos os pesquisadores são nerds fracassados ou capitalistas inescrupulosos. Isso não seria um mal se o livro fosse bem desenvolvido. cientistas quase sempre são ótimos vilões como Moreau e até alguns gênios que não são lá cientistas mas são legais como o Professor Moriarty.

O problema é que NENHUM personagem tem profundidade. São todos jogados no meio da história voando de um lado para o outro sem conexão sólida. Tudo tem laços muito frágeis e forçados. E tem muitos, mas muitos mesmo deles, a maioria sem razão de estar ali.

O orangotango é um exemplo mais direto disso. Surge no livro, é falado e comentando, mas parece que apareceu para nada, juntamente com os personagens ligados a ele. E assim continua e o leitor fica na expectativa de tudo se juntar no fim. Quando o fim chega, a trama se reúne em um final mais pífio do que fim de temporada de Malhação.

No fim, o livro me pareceu uma série de contos cujas partes foram misturadas. Mais nada. Mas o legal foi ver os sobrenomes de alguns pesquisadores importantes nos personagens. Só. Não recomendo, definitivamente.